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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AGOSTINHO GOMES

( Portugal )

 

Agostinho Gomes, 1962.

Foto e textos extraídos de https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Gomes

 

Agostinho F. Gomes (Vila de Cucujães - Oliveira de Azeméis, 7 de Janeiro de 1918 — Vila Nova de Gaia, 11 de Julho de 1998) foi um professor e escritor português.

Agostinho Francisco Gomes nasceu na freguesia de Couto de Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro, a 7 de Janeiro de 1918, em casa de família.

Passou a infância em Cucujães (até aos onze anos) e em Singeverga (Minho), dos onze aos quinze. Fez a instrução primária na terra natal, na Escola Primária do Picoto. Os estudos secundários foram repartidos por diversas escolas – Colégio de Singeverga, Colégio de Oliveira de Azeméis e Colégio Coimbra.

Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde concluiu a licenciatura em Filologia Românica e o Curso de Ciências Pedagógicas. Efectuou também, em Coimbra, o Exame de Estado.

Exerceu sempre o professorado, passando pelos mais diversos estabelecimentos de ensino. Iniciou funções oficiais, no ano lectivo de 1950/51, no Liceu Nacional da Covilhã, como Professor Eventual. Foi Professor Estagiário, no Liceu Nacional José Falcão, em Coimbra, durante os anos lectivos de 1952/53 e 1953/54. Tornou-se Professor Efectivo no quadro do Liceu Nacional de Leiria, no ano lectivo de 1954/55. Foi professor nos Liceus de Oeiras, Alexandre Herculano (Porto) e de Vila Nova de Gaia, cujo nome passou para Escola Secundária nº 2 de Vila Nova de Gaia e, mais tarde, para E. S. de Almeida Garrett (V. N. Gaia); ministrou cursos nas Universidades de Estrasburgo (cinco anos) e Bordéus (dois anos) e no Instituto Superior de Administração e Contabilidade do Porto (ISCAP). Aposentou-se no ano lectivo de 1987/88, por ter atingido o limite de idade (70 anos).

Escritor

Agostinho Gomes conciliou a docência com a escrita. Nesta área, deixou uma rica e variada obra literária publicada, desde poesia a ficção, passando ainda pelas traduções. Títulos como Música do Silêncio; Ladeira e Ilha Verde merecem destaque no campo da poesia, bem como Um rio separa os homens e Terra Abandonada no âmbito da ficção.

Foi membro da extinta Sociedade Portuguesa de Escritores, Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Associação de Escritores de Gaia, Association France-Portugal, de Bordéus e dissociou-se da Associação Os Amigos de Ferreira de Castro.

Colaborou intensamente em jornais e na rádio. Proferiu conferências em Portugal e no Estrangeiro. Como autor, está integrado em diversas antologias e foi traduzido e objecto de críticas literárias em França, Bélgica e Espanha.

Tem colaboração dispersa por In Memoriam de Ferreira de Castro, Presença do arquipélago de S. Tomé na Moderna Cultura Portuguesa, Mea Villa, Amigos de Gaia, Vértice, Brasília, Revista de Poesia e Crítica. (Brasil),...

 

Ferreira de Castro e Agostinho Gomes em Guimarães, 1970.

Concurso de Poesia Agostinho Gomes

No ano de 2000, a Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, através da sua Biblioteca Municipal, conjuntamente com o pelouro da Cultura da Junta de Freguesia de Cucujães e o Departamento Cultural do NAC – Núcleo de Atletismo de Cucujães, instituíu um concurso de poesias inéditas denominado Concurso de Poesia Agostinho Gomes, «homenageando desta forma a personalidade e a obra desse grande vulto da poesia Cucujanense e do município de Oliveira de Azeméis».

 

Obras do Autor  — Poesia

… da minha Saudade, Ed. Meio Dia, Porto, 1941; Ladeira, Ed. Gente Nova, Porto, 1945; Música do Silêncio, Coimbra, 1957; Ladeira, 2ª ed., Porto, 1964; As Sombras dos Dias, Ed. Nau, Porto, 1967; Ilha Verde, Ed. Nau, Porto, 1968; Galiza da Minha Ternura, Gaia, 1994; Janela – e Rua e Mar ao Fundo, Artescrita, 2008; Criança Meu Amor Sempre, C. M. O. A., 2009; Quando a Poesia é Visita..., lugar da palavra editora, 2010; Canas ao Vento e Canções do Mal-Amado, lugar da palavra editora, 2011.

 

REVISTA DE POESIA E CRÍTCA   ANO XIII  No. 14   - Diretor José Jézer de Oliveira.  Brasília – São Paulo – Olinda -  SETEMBRO – 1989.                                         Ex.  Doação do livreiro Brito – DF

 

 

TRÊS DOS "POEMAS GALEGOS" de AGOSTINHO GOMES:

 

LOUVOR A ROSÁLIA

Rosália,
Em Ti, louvo
A Canção Suave:
Música de arroios,
Porcelana de miosótis,
Frêmito de ouro de abelhas...

E embalo de meninos insones,
Convite aos hélitros indecisos
Das libélulas intranquilas,
À hora magoada
Da brétema do crepúsculo

MACIAS, O NAMORADO

Passa,
Devagar,
Os passos...

E não teças
Tropeços,
Embaraços,
À nau dos loucos.

Maremoto, a paixão
Cava abismos de loucura...
Onde, da minha tristura".

 

2

Poeta.
Companheiro desditado,
Quando de amor as searas são,
Penosa a safra
De cavar o pão.

Caminheiros de dias solitários,
Adentramos noites marasmadas,
Defloramos opacidades, brumas,
Lagunas sideradas.

Escarpas de anseio escaladas,
Vertigens de medo vencidas,
Lançamos pontes de apelos
Pela espessura das noites
Dos nossos pesadelos.

E, cantamos, desolados,
Plos longos vazios, só eco
De cães ladrando às estrelas,
A nossa solidão incontida
De mal-amados.


O MENDINHO

Não ei (i) barqueiro, nem sei remar
              Morrerei, fremosa, no alto mar...
Eu atendendo o meu Amigo
Eu atendendo o meu Amigo.

MENDINHO

Há sempre uma brisa afável
Para um ai afligido,
Meu amor.

Há sempre arca de peito,
Pra desesperos perdidos,
Na note dos abandonos,
Meu amor.

Há sempre um remo, que espera,
Pra vida que desespera,
Meu amor.

E eu tinha os braços de abraços,
Pra remos de aflição,
Meu amor.

E, ainda, um coração,
Barco na amarra do cais,
Barco inerte, sem função,
Meu amor.

Só que até mim não cresce
A catadupa dos ais,,
Na angústia de S.O.S.,
Meu amor.

E leva-te o mar levado,
Corpo aprilino, loução,
Sem piedade, sem dó.

São Simião, na brétema* da Vida,
Inútil ficou o barcos,
Ai, minha vida, tão-só!

            
*
brétema: neblina, na língua galega.

 

*

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http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/portugal/portugal.html



Página publicada em fevereiro de 2023

 

 

 
 
 
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